terça-feira, 16 de dezembro de 2014

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Amor cego


Já alguma vez se apaixonaram com um olhar?
Um daqueles momentos estranhos, em que o olhar se cruza e dá-se um "click" no nosso sistema hormonal fazendo com que paralisemos por breves instantes.
Sim, esse "click" que, apesar de lá no fundo sabermos que nos vai levar a andar numa montanha russa com um final trágico, não conseguimos deixá-lo passar ao lado.
Esse é o "click" da tragédia, do "amor cego". 
Sabem o que devem fazer quando sentirem esse "click"? Fugir!
Nada de bom sairá desse "click". Eu própria já o senti e em vez de fugir, permaneci imóvel.
E porquê? Porque será que nós, mulheres, nunca damos um passo para trás? Porque arriscamos tanto?
Simples, gostamos de sentir.
Seja que mulher for, todas arriscam um pouco, ou muito, para não perderem a oportunidade de sentir algo que nunca sentiram antes. Ou porque simplesmente não queremos ficar a pensar no "e se...". 
Nós, não gostamos de assuntos pendentes, logo aventuramo-nos no enigma.
Foi por isso que eu fugi, que me mudei.
Fugi tarde. Pois aventurei-me à mesma na montanha russa, que atingiu, inevitavelmente, o seu fim trágico.
E fugi porque de tudo o que eu era, nada ou pouco restou. E agora, visto que uma parte de mim se perdeu, decidi ir à procura das outras.
A queda foi bruta. Todas elas são.
Por isso, quando se depararem com o "click", fujam, antes de terem de fugir de vocês mesmas. 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Quando se é mulher


Nunca pensei vir a ter coragem de me mudar, de sair de casa, de ir à descoberta.
Mas tive. Consegui sair do ninho e abrir as minhas asas sem medo. E agora, a única coisa que resta é seguir em frente, sentir os meus próprios passos e fazer sentir a minha presença neste mundo.
E porquê mudar? Porque, de vez em quando, é necessário uma mudança radical, é preciso sentir essa mudança o mais fisicamente possível. É preciso estremecer as hormonas, dividí-las e deixar a razão fluir por entre as falhas.
Sim, eu sou o tipo de mulher "tudo ou nada", "8 ou 80". Sou assim.
Serei?
Tudo isto me leva a pensar na questão: "Ser mulher..."
Afinal, o que significa "ser mulher"?
Existirá apenas uma característica determinante em cada uma de nós?
Existirá apenas uma etiqueta de carácter para cada mulher?
Em parte, talvez. A associação do nome "mulher" a certas etiquetas é bastante comum. 
Por exemplo, na série "Sex and the City", que retrata a vida de quatro mulheres, todas elas são etiquetadas diferentemente. A Carrie revela o lado fútil e indeciso da mulher. Charlotte revela o lado conservador, emocional e romântico da típica mulher "boazinha". Miranda é a imagem do poder feminino no mundo do trabalho, o lado mais crítico, orgulhoso e forte da mulher.  E, por fim, temos a Samantha, o liberalismo emocional envolvido em todo o charme e sensualidade da mulher.
Mas já se questionaram sobre com qual delas se identificam e acabaram por ter dificuldade em decidir?
Talvez "ser mulher" não seja tão linear quanto se pensa. 
Porque, uma mulher não é só "aquela" mulher.
Uma mulher é muito mais do que uma.
Cada uma de nós tem em si as várias mulheres do mundo. E mostramos apenas a nossa característica mais dominante, guardando todas as outras para um uso futuro.
Como a minha mãe dizia: "Guarda sempre o melhor para ti", porque se não o fizermos, e se um dia essa nossa característica é dominada, o que restará em nós para dominar?
Todas as mulheres são várias mulheres no seu íntimo, ou se preferirem o ditado: "As mulheres são complexas".
Quando se é mulher, é-se muito mais.
E eu sou apenas uma, em busca de todas as minhas partes.